terça-feira, 7 de janeiro de 2014

GUERRA PSICOLÓGICA? ERA SÓ O QUE FALTAVA PARA DILMA MASCARAR A INCOMPETÊNCIA DE SEU GOVERNO

Coluna do Ricardo Setti

Dilma com Mantega: não é nenhuma "guerra psicológica" que afasta investimentos no Brasil -- é a ação do próprio governo Dilma, com o ministro Guido Mantega à frente do Miistério da Fazenda (Foto: Agência Brasil)
Dilma com Mantega: não é nenhuma “guerra psicológica” que afasta investimentos no Brasil — é a ação do próprio governo da presidente, com o ministro da Fazenda como executor da política econômica (Foto: Agência Brasil)
A frase infeliz é da semana passada, mas não resisto a comentar o ridículo discurso em que a presidente Dilma enxergou uma “guerra psicológica” inibindo investimentos no Brasil — “guerra psicológica”, evidentemente, do ponto de vista descabelado do governo, partida não de fora do país, mas de dentro dele.
Santo Deus, quem estará fazendo essa “guerra” contra o país, uma “guerra” que ninguém enxerga e que, segundo Dilma, inibe investimentos?
Quem, afinal, estará inibindo investimentos, se não o próprio governo da presidente Dilma…
* com suas constantes intervenções no mercado?
* com o controle artificial de preços que abala a Petrobras e a interferência nas fornecedoras de energia para mascarar a inflação (privando ambos os setores de recursos para investir)?
* com a constante mudança de regras nos leilões de concessão, com “privatizações” como a do Aeroporto do Galeão na qual, obrigatoriamente, a estatal incompetente Infraero tem 49% de participação no consórcio vencedor — e que precisará tirar dinheiro não se sabe de onde caso sejam necessários investimentos adicionais na antiga “porta de entrada” para o país?
* com a bagunça nas contas públicas e não segura a gastança estéril do governo com a máquina pública, de tal forma que o superávit primário (economia para pagar juros) já é menos da metade do que a obtida ao longo do governo Lula?
* com um crescimento ridículo da produção industrial durante seu período de governo até agora — de 0,3% em 2011, de MENOS 2,7% em 2012 e de esquálido 1% em 2013?
* com um medíocre, vergonhoso crescimento do PIB durante seu governo até agora — de 2,7% em 2011, um grotesco 1% em 2012 e apenas 2,3% em 2013, sendo que neste ano se chegar a 2% será quase um milagre?
E uma presidente “gerente” com esses itens no currículo ainda acusa terceiros — que não identifica — pelo desempenho pífio.

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